A presença do coro em obras dramático-musicais e suas múltiplas funções são temas fundamentais na recepção germânica da dramaturgia ateniense antiga. Dentro dessa recepção, Richard Wagner ocupa uma posição fundamental: ao mesmo tempos que ele reestuda o modelo da dramaturgia ateniense, transfere funções do coro para a orquestra. Com isso, Richard Wagner aponta para novas possibilidades de se compreender e realizar coralidades. Nesta palestra, vamos examinar a questão da coralidade na Antiguidade. Depois vamos discutir como tais referências foram apropriadas e transformadas por Wagner, em suas releituras de Lessing, Schiller e o modelo espetacular da grand opéra. Finalmente, apresento casos de formação de grupos corais, de coralização em processos criativos do Laboratório de Dramaturgia da Universidade de Brasília, a partir do projeto Huguianas.

Orador: Marcus Mota (Universidade de Brasília)

9 de Março | 18h

Auditório A1 , Campus Av. de Berna, FCSH

Universidade Nova de Lisboa