Resvés Ópera
Ciclo de Conversas
2020-21
Linha de Estudos de Ópera
Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical
Em tempos de pandemia, apetece dizer que foi “resvés ópera”. E é disso mesmo que se trata nestes encontros: de perigos e limiares, de viragens e alianças, de metamorfoses e transgressões.
Apesar do transtorno e da incerteza, a vitalidade do género operático parece hoje indiscutível. Talvez porque, em mais do que um sentido – e desde logo no que toca ao seu conceito e à sua existência – a ópera sempre aconteceu “por pouco” ou “por um triz” ou “mesmo à justa”.
Ao darmos este título a este ciclo de conversas, pretendemos também sublinhar o jogo, que sempre existiu e que hoje se intensifica em inúmeras direcções, entre a ópera, o teatro, a música, a dança, a performance, a instalação, a arquitectura, o cinema, o vídeo e as artes multimédia.
Cada um destes encontros terá como ponto de partida um evento ou objecto particulares (uma produção, um disco, um livro, uma edição, uma instalação), que servirá de mote para uma conversa, envolvendo artistas, compositores/as, intérpretes, encenadores/as, cineastas, programadores/as ou musicólogos/as.
Organizados no âmbito da Linha de Estudos de Ópera do CESEM, estes encontros terão lugar, ao longo da temporada/ano lectivo de 2020/21, em plataformas digitais.
Uma conversa em inglês com Yonatan Levy e Adam Maor, criadores da ópera Sleeping Thousand (2019 – estreia portuguesa na Fundação Gulbenkian em janeiro 2020), moderado por Nicholas McNair.
Yonatan Levy (b. 1974): director, dramaturgo, jornalista, educador Waldorf e empresário social. Dirigiu e escreveu o libreto para “The Sleeping Thousand” (Música de Adam Maor) estreado no Festival d’Aix-en-Provence 2019 com a colaboração do Théâtre de la Ville de Luxembourg. A sua obra “Saddam Hussein – A Mystery Play” (texto, direcção, design e música) foi apresentada no festival Theater der Welt em Mannheim, Festival de Teatro Pilsen e no festival Schaubühne F.I.N.D, Berlim. Levy foi co-fundador da Escola Secundária Waldorf Shakked, do Festival Sheik Abreik de Cultura Civil e do Moinho de Artes Sociais, todos na sua cidade natal de Kiryat-Tivon, Israel.
Adam Maor, compositor israelita, nasceu em 1983 em Haifa, cidade onde foi aluno de composição de Eitan Steinberg. Estudou também com Michaël Jarrell, Luis Naón e Eric Daubresse em Genebra. Em 2011 frequentou o curso de música eletrónica do IRCAM, em Paris. Paralelamente, iniciou-se na música clássica árabe, tendo estudado o oud com Mohammed Abozekry e Michel Arkach. As suas obras inserem-se na discussão sobre a identidade musical israelita, como se pode observar na ópera de câmara The Sleeping Thousand, inspirando-se ao mesmo tempo nas estruturas fundamentais da música tradicional árabe. Em 2016, Adam Maor foi laureado com o Prémio Israelita de Composição.
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A ópera Corvo Branco, de Philip Glass e Robert Wilson: uma conversa com Luísa Costa Gomes e Nicholas MacNair.
Luísa Costa Gomes é contista, romancista, dramaturga, argumentista, cronista e tradutora. Escreveu várias peças, dentre elas “Clamor” (sobre textos do Padre António Vieira); e “O Céu de Sacadura”, que foi uma encomenda da EXPO98 para fazer parte do Festival de 100 dias. Publicou 8 romances, 5 colecções de contos, 2 librettos, sendo um deles o libreto da ópera “Corvo Branco” de Philip Glass e Robert Wilson.
Nicholas McNair é professor da Escola Superior de Música de Lisboa e foi Director Artístico do seu Estúdio de Ópera entre 2011 e 2015. Tem título de Especialista desde 2014, e atualmente é doutorando de Artes Musicais na Universidade Nova de Lisboa. Atuou como musicólogo e co-repetidor nas três montagens do “Corvo Branco”: a estreia, encenada em Lisboa no Teatro Camões em 1998, no âmbito da EXPO 98; meses depois a segunda no Teatro Real de Madrid; e uma montagem reduzida em 2001 em New York, no Festival do Lincoln Center.
Rita de Cássia Domingues dos Santos, investigadora da Universidade Federal de Mato Grosso (Brasil), discute a concepção e a produção das três montagens da ópera Corvo Branco com Luísa Costa Gomes e Nicholas McNair.
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Vincent Huguet is a French dramaturg and opera stage director. He has collaborated with several artists such as Patrice Chéreau, Luc Bondy, Peter Sellars and Ivo van Hove. Among his recent productions are Purcell’s Dido and Eneas (Festival Aix-en-Provence), Massenet’s Manon (Opera National de Paris) and Poulenc’s La Voix Humaine, performed at Fundação Calouste Gulbenkian in December 2020.
In this conversation Vincent Huguet, Livia Sabag and Ligiana Costa will discuss opera staging, dramaturgy, recording and live transmission in pandemic times, taking the performance of La Voix Humaine as a starting point.
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Yuval Sharon has amassed an unconventional body of work that expands the operatic form. He is founder and Artistic Director of The Industry in Los Angeles and the newly appointed Artistic Director of Detroit’s Michigan Opera Theatre.
His first production in Detroit, Twilight: Gods, an adaptation of Wagner’s Götterdämmerung, is a one-of-a-kind operatic experience inside the Detroit Opera House Parking Center. Part live performance, part immersive installation, audiences remain in their cars to experience scenes from the final opera of Wagner’s Ring Cycle on various levels of the parking structure.
Taking this production as a starting point, Yuval Sharon will discuss opera’s post-pandemic revival in a conversation with Luís Soldado and João Pedro Cachopo.
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Marina Abramović, ‘a avó da arte performática’, é fascinada pela personagem e pelo trabalho da soprano Maria Callas desde sua infância. Com o passar do tempo, Marina percebeu que ambos aspectos têm muito em comum. O resultado desta afeição é o projeto de ópera 7 Deaths of Maria Callas de Abramović sobre a famosa diva e suas mortes no palco (La Traviata, Otello, Tosca, Madama Butterfly, Carmen, Lucia di Lammermoor, Norma). No entanto, 7 Deaths é principalmente sobre a própria Abramović, sua arte, seu próprio status de diva, sua ascensão na cena artística internacional, suas performances, sufocações, sentar imóvel, se despir, seu corpo e voz, seus relacionamentos infelizes.
7 Deaths of Maria Callas teve sua estreia mundial em 1º de setembro de 2020 na Bayerische Staatsoper. Nele, sete cantores cantam sete árias de óperas de Verdi, Puccini, Bizet, Bellini e Donizetti. O compositor Marko Nikodijević está por trás do tecido musical que abre e termina a peça e conecta suas partes internas.
Resvés – Série de conversas Ópera é uma iniciativa da Linha de Estudos de Ópera do CESEM. Apesar da inconveniência e incerteza, a vitalidade da ópera parece hoje inquestionável. Perigos e limiares, metamorfoses e transgressões são nossos pontos de interesse no mundo da ópera.
Resvés – Ópera começa com uma conversa online entre Marina Abramović, Marko Nikodijević com a moderação de Jelena Novak.
15 de outubro de 2020. 15h00 (Hora de Lisboa)
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