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Diogo da Costa Ferreira

Diogo da Costa Ferreira

Grupo de Investigação
Núcleo de investigação
Pólo
Nota Biográfica

Diogo da Costa Ferreira é um criador e artista transdisciplinar português, sendo compositor, escritor, professor, investigador e coordenador de projectos.

Formou-se em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo estudado com Carlos Marecos, João Madureira, Sérgio Azevedo, entre outros, tendo também frequentado o Mestrado em Ensino da Música na mesma instituição. Estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, dedicando-se particularmente à Estética e Filosofia da Arte. Frequentou o Mestrado em Estética e Estudos Artísticos e o Mestrado em Filosofia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, assim como o Programa Avançado em Gestão do Património Cultural na Católica Business School. Estudou, também, Psicanálise no Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana, sob a coordenação do filósofo Zeljko Loparic e da psicanalista Elsa Oliveira Dias.

Tem-se dedicado à concepção e coordenação de projectos educativos, culturais e de intervenção sócio-comunitária na Área Metropolitana de Lisboa, tendo sido membro da Rede Social de Lisboa, dos Grupos de Trabalho para o Plano de Desenvolvimento Social de Lisboa, assim como da Rede de Desenvolvimento Local de Base Comunitária de Lisboa. Tem desenvolvido projectos dirigidos para os processos de empowerment de comunidades socialmente vulneráveis, para a inclusão e para a capacitação de cidadãos activos, utilizando a arte e a cultura como veículos preferenciais de intervenção. Em 2019, foi orador convidado na World Summit da Organização Mundial da Família das Nações Unidas, tendo apresentado o seu contributo para a implementação de projectos internacionais de desenvolvimento comunitário no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Foi Juiz Social Efectivo no Juízo de Família e Menores do Tribunal Judicial de Lisboa.

É, também, professor e investigador, tendo vindo a leccionar no ensino público e em contextos de educação não formal, participando regularmente como palestrante em diversas iniciativas científicas. Tem vindo a conceber projectos e a assumir a coordenação de diversas iniciativas em cooperação com o Plano Nacional das Artes, nomeadamente projectos de educação artística em contexto escolar e projectos comunitários de criação artística. É o responsável pela concepção, estruturação e sistematização do Programa Nacional «Missão: Mudar o Mundo», programa resultante de uma parceria estabelecida entre a Banda Sinfónica da PSP e o Plano Nacional das Artes que tem como objectivo a realização de concertos para crianças e jovens em todo o país, assumindo a sua coordenação pedagógica e artística.

Enquanto compositor, as suas obras musicais têm sido apresentadas nas mais importantes salas e festivais nacionais, como é o caso do Teatro Nacional de São Carlos, Teatro Municipal São Luiz, Teatro Thalia, Aula Magna da ULisboa, Festival Música Viva, Festival OperaFest, FITA – Festival Internacional de Teatro, entre muitos outros. Tem dedicado a sua investigação e prática artística, por exemplo, às temáticas saúde mental, da cidadania e do desenvolvimento sustentável, procurando também reflectir sobre as problemáticas e os desafios da experiência estética e da criação artística contemporânea.

Em 2018, estreou, no Teatro Thalia, sob a sua direcção musical, a sua ópera «Multidão», com a encenação de Luís Madureira. Em 2020, estreou, no Festival OperaFest, a sua ópera «Esta Ítaca que não encontro», com a encenação de António Pires e direcção musical de Rita Castro-Blanco. Em 2021, estreou em Trás-os-Montes e apresentou no Festival Internacional de Teatro do Alentejo a sua ópera multimédia para o espaço público «Paramos ou Morremos», interpretada pelo Quarteto Contratempus sob a direcção musical de Diogo Costa. Em 2024, estreou, no Palácio do Sobralinho, a sua ópera-ensaio «és a madrugada pura e sem ruína», com a encenação de Alexandre Lyra Leite e direcção musical de Carlos Marecos. O seu catálogo inclui música de câmara, música sinfónica, música coral e ópera, sendo as suas obras editadas pelo Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa (MIC), do qual é membro. A sua obra «écho de la pensée» venceu o prestigiado International Composition Award for the Six Historic Organs of Mafra 2021, atribuído por um júri internacional presidido pelo suíço Yves Rechsteiner, tendo a sua obra sido apresentada na Basílica do Palácio Nacional de Mafra e executada nos Seis Órgãos Históricos sob a direcção de João Vaz.

Venceu o Prémio Jovens Criadores 2021 (Música), atribuído por unanimidade pelo Centro Nacional de Cultura. A sua ópera-monodrama «Há que ser rio», obteve a mais alta classificação e foi agraciada no Prémio MUSA 2023, tendo sido estreada no Festival Música Viva 2024. No âmbito da performance, colaborou com a AADK – Aktuelle Architektur Der Kultur. Foi curador de várias exposições e performances de carácter transdisciplinar.

Enquanto escritor, dedica-se particularmente à poesia e à literatura infantil, tendo publicado dez livros. Membro do Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa, da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, do Centro de Investigação Winnicott-Portugal e da International Winnicott Association.