(+351) 217908388, Ext.: 40337/38
cesem@fcsh.unl.pt

Manuel Mendes Madeira

COLABORADOR

Manuel Mendes Madeira

Foto
Mestrando
mmendesmadeira@gmail.com
Nota Biográfica:

Manuel Mendes Madeira é natural de Caldas da Raínha. Em 1968 iniciou o Curso de Licenciatura (pré-Bolonha) em Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa), tendo depois feito um curso de pós-graduação em “Semicondutores e Microprocessadores” como bolseiro da Philips no Centro de Investigação de Eindhoven (Holanda) daquela Empresa.
De Outubro de 1974 a Julho de 1978 tirou o PhD em “Data Transmission and Computer Networks” na London CBI University como bolseiro daquela organização e em 1995 concluiu o Advanced Management em Administração (MBA) pela Universidade de Harvard.
Em 2019 concluiu a licenciatura em História da Arte na Universidade Nova de Lisboa, tendo iniciado nesse mesmo ano o mestrado na vertente Arte Contemporânea, estando actualmente a aguardar a defesa da tese em “O Poder da Imagem como ferramenta Política: do Estado Novo ao PREC”.
Paralelamente está a concluir a licenciatura em Ciências Musicais na mesma Universidade.
Do ponto de vista profissional foi Professor Universitário das disciplinas de Sistemas Digitais no Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa) e Presidente de várias Empresas de Telecomunicações, nomeadamente da TMN e da Marconi SA. É autor de dezenas de publicações e comunicações em revistas e Congressos nacionais e internacionais.

Publicações:
  • “Social aspects of Lisbon in the Nineteenth Century from iconographic representations of life of fadista Maria Severa (1901,1931, 2019)”
  • “Towards a jazz-band musical iconography in the 20’s in Portugal, via some racist “novelas” and a political discourse (António Ferro)”
  • “Data Transmission and Computer Networks” (PhD thesis)
  • Fibres Optiques et Telecommunications, Seminário Internacional no Instituto Franco-Português, 1990;
  • A reestruturação do sector empresarial do Estado nas vésperas do Mercado Único Europeu – Perspectivas e Estratégias para as Telecomunicações, Congresso do Centro de Estudos de Economia Pública e Social, 1990;
  • Estado da Arte dos Serviços Avançados de Telecomunicações, Congresso de Serviços Avançados de Telecomunicações, 1989;
  • Redes e Serviços Públicos de Telecomunicações – Estado de Arte, 1989;
  • Reflexões sobre uma estratégia para o posicionamento empresarial das Telecomunicações – CTT, 1989;
  • Telepac – The Portuguese Data Network: Development and Perspectives in a Telematic Context, Telecommunications Review, 1988;
  • Serviços Avançados de Telecomunicações, 1988;
  • Portuguese Telecommunications Global Strategy, Congresso da OCDE em Istambul, 1987;
  • Evolution of Telematica Services in Portugal, I Congresso Ibero Americano, Madrid, 1987;
  • Transdata – Uma Organização para Telemática, 1986;
Pós-Doutoramento/Doutoramento/Mestrado
Título Mestrado: O Poder da Imagem como Ferramenta Política: do Estado Novo ao PREC
Resumo:

Analisar a forma como as diversas ferramentas imagéticas (cartazes, filmes, pins, edifícios, etc.), foram utilizados pelos regimes políticos vigentes, como forma de veicular e reforçar uma ideologia específica, construindo um todo coerente em que as diversas componentes de comunicação se reforçavam mutuamente, fazendo apelo a uma consciencialização, que por vezes de forma inconsciente conduzia as massas para a adesão à ideologia e princípios que se queria veicular.
O estudo incidirá essencialmente sobre o período do PREC, nomeadamente desde Setembro de 1974 a Novembro de 1975, como marco muito importante da vida política portuguesa. Recorrer-se-á a concretizações do início do Estado Novo, nomeadamente como peças da Política do Espírito de António Ferro, para as cotejar com os processos de comunicação e propaganda mais comuns no período do PREC.
Embora fossem muitas as ferramentas de imagem utilizadas em ambos os períodos, o enfoque serão os cartazes (com realce para os murais do tempo do PREC) e os respectivos slogans, procurando perceber se a imagem “cartaz/slogan” se comportava como um reforço mútuo ou, pelo contrário, teriam igual força com existência isolada.
Analisar-se-á com profundidade o papel da 5ª Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas, que tendo sido criada no dia em que tomou posse o segundo governo constitucional, propunha-se levar a revolução a todo o país, promovendo sessões de esclarecimento em Portugal e no Estrangeiro, permitindo o enquadramento conceptual das propostas políticas do novo poder, dando-as a conhecer a pessoas que muitas vezes estavam distanciadas dessa discussão.
Enquanto no Estado Novo se verificou algum divórcio entre os artistas e a política de comunicação vigente, com algumas excepções como Almada Negreiros (na fase inicial do regime), no 25 de Abril a adesão e contributo dos artistas foi total, podendo dizer-se que a “arte saiu à rua” numa explosão de visualismo (Eugénio Melo e Castro, 1977). Neste contexto salienta-se o Painel do 10 de Junho (1974), realizado na presença de público, tendo por tema a liberdade, que com a sua gigantesca dimensão de 4,5m * 24m , foi organizado pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos, na Galeria Nacional de Arte Moderna. Este painel contou com a colaboração de quarenta e oito artistas das mais variadas tendências políticas, mas todos obviamente de oposição ao anterior regime, como Júlio Pomar, João Abel Manta, João Vieira, Ângelo de Sousa, Helena Almeida, Manuel Pires, entre muitos outros.

Grupo de Investigação:

Música no Período Moderno

Linhas e Núcleos de Investigação:

Iconografia Musical