María Ruiz Luque

José Antonio Zamora Zaragoza

Meu trabalho se concentra em alguns aspectos do pensamento de Theodor W. Adorno sobre as mutações da experiência social e subjetiva contemporânea no contexto da crise do capitalismo avançado e sua transcrição em formas artísticas. Mais especificamente, estou traçando a relação entre os conteúdos da experiência social e o desenvolvimento de certas formas de expressão e exibição, fundamentalmente literárias e musicais, ligadas às vanguardas históricas. O objetivo, em última análise, é refletir por meio dessas obras sobre um dos conflitos básicos da modernidade: a dominação do sujeito sobre o objeto que constitui o nervo central de problemas sociais e políticos de grande relevância na atualidade. Com base nas atualizações da teoria crítica de Adorno desenvolvidas pelo professor Robert Hullot-Kentor, pretendo sublinhar o problema da relação entre sujeito e objeto hoje como um conflito sócio-histórico de primeira ordem sobre o qual devemos focalizar nossa atenção. Para isso, a prática artística constitui um laboratório muito valioso que permite pensar e desenvolver formas alternativas de práxis pautadas pela primazia do objeto que permitiriam uma relação menos violenta, mais rica, polissêmica e crítica entre subjetividade e objetividade.