Paulo Ferreira de Castro
PAULO FERREIRA DE CASTRO estudou Piano, Canto e Composição no Conservatório de Música do Porto, tendo obtido a Licenciatura em Musicologia na Universidade de Estrasburgo (França) com uma tese sobre a recepção de Claude Debussy. Especializou-se depois na área da Dramaturgia Musical, obtendo o grau de Master of Arts pela Universidade de Leeds (Grã-Bretanha), em Estudos de Ópera, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2007 obteve o seu Doutoramento pela Universidade de Londres (Royal Holloway College), com uma tese sobre música e linguagem baseada na filosofia de Wittgenstein. Tem concentrado o essencial da sua actividade nos campos da investigação e da docência, principalmente no âmbito do Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa (do qual é actualmente Coordenador Executivo), sendo autor de numerosos estudos musicológicos, e co-autor de uma síntese da História da Música Portuguesa distinguida com o Prémio de Investigação e Ensaísmo Musical do Conselho Português da Música (edições em português, francês, inglês e mandarim). Foi colaborador do jornal Expresso como crítico musical, e tem participado em múltiplas iniciativas de divulgação musical, colóquios e encontros científicos em Portugal, Brasil e vários países europeus, frequentemente na qualidade de conferencista convidado. Foi nomeado em 1992 Director Artístico do Teatro Nacional de São Carlos, cargo que desempenhou até ao ano 2000, e que acumulou com o de Director da mesma instituição a partir de 1998. Nessa qualidade, foi responsável por mais de 60 produções operáticas, de Monteverdi a Ligeti, para além de inúmeros concertos e recitais, gerindo paralelamente a programação da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Como encenador, assinou vários espectáculos no TNSC. Em 1998, fundou o Festival Internacional de Músicas Contemporâneas de Lisboa, “Música em Novembro”. Paulo Ferreira de Castro foi ainda Presidente da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música entre 2010 e 2013. É membro do CESEM e dirigiu o projecto de edição de música portuguesa (PortugalSom) no âmbito da Direcção-Geral das Artes (Ministério da Cultura). Actualmente, desenvolve projectos de investigação em torno das temáticas da significação e intertextualidade musical e das filosofias da modernidade.
“From ‘Good Other’ to ‘Ideal Self’: Images of Russian Otherness in France and the Iberian Peninsula at the Turn of the 20th Century”, in Ivana Perković and Franco Fabbri (eds.), Musical Identities and European Perspective: An Interdisciplinary Approach (Eastern European Studies in Musicology, 8), Frankfurt a. M.: Peter Lang, 2017, pp. 55-72 ISBN 978-3-631-67231-0.
“Sobre os primórdios da crítica musical em Portugal”, in Manuel Pedro Ferreira e Teresa Cascudo (coord.), Música e história: Estudos em homenagem a Manuel Carlos de Brito, Lisboa: CESEM/Colibri, 2017, pp. 213-228 ISBN 978-989-689-662-1.
“Políticas da interpretação no teatro de ópera”, in J. P. Cachopo, E. Marques, F. Pinto e E. P. Almeida (orgs.), Estética e política entre as artes, Lisboa: Edições 70, 2017, pp. 61-74 ISBN 978-972-44-1947-3.
“Nikolay Tcherepnin’s Narcisse and the Aesthetic Promise of Self-Presence”, in Katerina Levidou, Katy Romanou and George Vlastos (eds.), Musical Receptions of Greek Antiquity: From the Romantic Era to Modernism, Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars, 2016, pp. 114-135 ISBN 978-1-4438-8828-8.
“Does the Ineffable Make Sense? Wittgenstein, Jankélévitch, and the Question of Musical Meaning”, in Gilbert Stöck, Paulo Ferreira de Castro and Katrin Stöck (eds.), “Estes sons, esta linguagem”: Essays on Music, Meaning and Society, in Honour of Mário Vieira de Carvalho, Lisboa/Leipzig: CESEM/Gudrun Schröder-Verlag, 2015, pp. 333-46 ISBN 978-3-926196-67-5.