A expansão sonora no órgão histórico e práticas interpretativas de música contemporânea

O intuito desta investigação é interpretar o repertório contemporâneo num instrumento histórico, o órgão português do século XVIII. Considera-se o repertório que implique uma expansão sonora com recurso a práticas interpretativas inovadoras, como a manipulação de ar que extrapola os limites sonoros usuais. Práticas interpretativas contemporâneas, como as encontradas nas obras de órgão de György Ligeti serão investigadas e adaptadas para o instrumento histórico. De salientar que estas práticas não foram originalmente concebidas para este instrumento. O órgão português, totalmente mecânico, privilegia a interacção directa com o instrumento e será provado que este factor é determinante para a expansão sonora. Esta investigação comprovará que não é necessário um órgão moderno para interpretar música contemporânea. Pretende-se contribuir para a inovação de metodologias de práticas interpretativas contemporâneas em órgão português, aumentando o interesse cultural, patrimonial e o repertório de estudo no instrumento.