João Costa Ferreira
João Costa Ferreira (n. 1986) é um pianista e investigador português detentor do “Diplôme Supérieur d’Exécution” da École Normale de Musique de Paris e doutorado em Música e Musicologia pela Sorbonne Université.
Embora o seu repertório abranja todos os estilos desde o barroco, João Costa Ferreira especializou-se na música do século 19 e da primeira metade do século 20. Nos seus projectos a solo e música de câmara, tanto se interessa pela interpretação do grande reportório clássico como pela descoberta de compositores esquecidos e pela encomenda de obras aos compositores contemporâneos. Tem-se apresentado em salas de Portugal, França, Bélgica, Espanha e Holanda. Muitos dos seus concertos e trabalhos discográficos têm sido transmitidos pela Antena 2, pela France Musique e por diversas rádios europeias.
João Costa Ferreira tem tido um papel activo na reabilitação e valorização do património musical português através da publicação e gravação das obras de José Vianna da Motta. Desde o ano de 2015, em colaboração com a editora AvA Musical Editions, reviu e prefaciou mais de trinta obras, em grande parte inéditas. Em 2018, lançou na editora Grand Piano Records (etiqueta da Naxos) um disco com a primeira gravação mundial das Cinco Rapsódias Portuguesas, ciclo que marca o início da fase criativa do compositor caracterizada pelo recurso à música popular portuguesa. Em 2020, lançou na editora MPMP o primeiro disco da série discográfica José Vianna da Motta: Poemas Pianísticos dedicada às obras de infância, disco que recebeu a Menção Honrosa do Grémio Literário. Juntamente com o pianista Bruno Belthoise, gravou a integral da obra para piano a quatro mãos nas editoras MPMP e Coriolan.
– “Pour un système de quantification de la complexité de réalisation pianistique. L’exemple de José Vianna da Motta”, Revue Musicale OICRM, vol. 6, n.º 1 (julho 2019), p. 69-86.
– “O virtuosismo segundo José Vianna da Motta”, Glosas, XVII (novembro 2017), p. 12-15.
– “Daniel Cunha, Solitude: Piano Works by Alfredo Napoleão (CD Decurio, 2018)”, Revista Portuguesa de Musicologia, VII/1 (2020), p. 143-148.