FE…DE…RI…CO… de Constança Capdeville

Festival CriaSons IV

Teatro Aberto, nos dias 4 e 5 de novembro de 2022 às 21h30.

O espetáculo FE…DE…RI..CO… foi imaginado e dirigido por Constança Capdeville (1937-1992), partindo da obra poética, plástica e musical de Federico Garcia Lorca, concebido com o intuito de comemorar o 50.º aniversário da morte do escritor espanhol. FE…DE…RI…CO… estreou na sala polivalente do Centro de Arte Moderna (CAM), promovido pelo ACARTE, Fundação Calouste Gulbenkian, no dia 10 de janeiro de 1987. O espetáculo insere-se no contexto do teatro-música, incluindo música original e colagens de Constança Capdeville.

FE…DE…RI…CO… contou com a interpretação do grupo ColecViva que, na época, era formado por Olga Prats (piano), Alejandro Erlich-Oliva (contrabaixo), Luís Madureira (voz), João Natividade (movimento e mímica), Constança Capdeville (direção, piano e percussão) e António de Sousa Dias (assistente de direção, percussão, síntese de som); no espetáculo colaboraram também a nível técnico Paula Filipe Pires de Matos (assistente de som) e Paulo Graça (desenhador de luz); em termos cénicos houve a participação especial da atriz portuguesa Eunice Muñoz. Segundo Muñoz, a sua personagem atuava como uma figura omnipresente que observava todos os elementos envolvidos na performance. A compositora musicalmente recorre a citações de obras de García Lorca, Manuel de Falla e António de Sousa Dias; o texto, os poemas e os desenhos são da autoria de García Lorca e, para o espetáculo, o bailarino João Natividade, além de performer, teve ainda uma participação como artista plástico.

FE…DE…RI…CO… divide-se em quinze sequências: “Este é o Prólogo”, “Canção dos Ceifeiros”, “A voz do Poeta”, “Duplo Embalo”, “Silêncio”, “Mutação”, “Canção”, “Palimpsesto I”, “Duas Histórias com Sombras”, “Palimpsesto II”, “O Passeio de Buster Keaton”, “Estampa e Canção”, “Palimpsesto III”, “Introdução e embalo do espelho adormecido”, “Eu sei que o meu perfil será tranquilo”.

Este espetáculo é uma recriação moderna da obra de Constança Capdeville, que, mantendo-se fiel ao objeto artístico original, procura pistas para a renovação do género musical Teatro-Música, permitindo o seu acesso às novas gerações de intérpretes e espectadores.

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