Perspectives on Music, Sound and Musicology II – Sounding Images: Sights, Sounds and Sensualities I Textos de membros do CESEM
O livro Perspectives on Music, Sound and Musicology II – Sounding Images: Sights, Sounds and Sensualities foi recentemente lançado pela Springer. Tendo como editores Luísa Correia Castilho, Rui Sampaio Dias, Luzia Aurora Rocha e António de Sousa Dias, este livro oferece uma visão de diferentes direcções de investigação em música, cobre desenvolvimentos na teoria e prática musical e apresenta novas técnicas para análise e design de som.
A obra baseia-se em apresentações realizadas no EIMAD — Encontro de Investigação em Música, Artes e Design, realizado no Instituto Politécnico de Castelo Branco, em 2020 e 2022, sob o tema: “Imagens Sonoras”. Com autoria de investigadores em musicologia, iconografia musical, cinema e audiovisuais, artes digitais, composição, arte sonora e sonificação de dados, os 21 capítulos deste livro oferecem um recurso valioso e uma fonte de inspiração para profissionais, investigadores e público em geral.
Entre os capítulos é possível encontrar um de Luzia Aurora Rocha, em co-autoria com Pilar Lorente Corisco. “3+2 = City, Art and Music, or Three Considerations About Two Murals of Mário Belém” considera dois murais de Mário Belém encomendados por duas instituições do governo local: o Município de Torres Novas e a Freguesia de Alvalade, em Lisboa. Os murais partilham iconografia musical e narrativas relacionadas com a história e memória locais, onde a música desempenha um papel central. O principal objectivo é o de questionar a importância atribuída ao embelezamento estético dos espaços urbanos e, assim, abordar a arte pública como uma porta de entrada para a sua afirmação como representação simbólica de poder na história local, examinando como esse poder beneficia o encomendador, neste caso, o poder político. A música é uma linguagem global e também uma forma de mobilização política de observadores curiosos (cidadãos locais, turistas, grupos-alvo como as novas gerações de eleitores) e o espaço público é o palco privilegiado para tais acções.
A também editora Luísa Correia Castilho desenvolveu outro capítulo ligado à iconografia musical, “What Does Sound Look Like? Musical Iconography in the Quilts of Castelo Branco”. O livro conta ainda com capítulos de Ricardo Vilares (“The 1785 Antunes Harpsichord and Its Painted Imagery: An Interpretation”), Sónia Duarte (“CHINOISERIES and ‘CHINESICES’: Images of Music in Sino-Portuguese Paintings from the 18th Century”), Gilberto Vieira Garcia, em colaboração com Aline Magalhães (“An Image Out of Step: The Death Mask of Priest José Maurício Nunes Garcia in the National Historial Museum Collection (Rio de Janeiro)”), Ana Ester Tavares (“Among Insects and Guitars — The Presence of Vanitas Elements in the Work of Amadeo de Souza-Cardoso”), Cláudia Sousa (“Weaving Music: Music Within Portalegre’s Tapestries”), Beatriz Silva (“Music and Opera in Chinese Propaganda Posters – The Kwok On Collection in Portugal”), Filipa Magalhães, em colaboração com Andreia Nogueira (“Preservation as an Intertextual Practice. Addressing the Documentation of Scenic-Visual Elements in Music Theatre Performances”), Diogo Alvim (“Score with a View – Sounding Images, Imagining Sound”), entre outros.