MARCMUS – Estudos de papel de música e caligrafia em Portugal (séculos XVIII e XIX): O estudo de caso da colecção do Conde de Redondo

MARCMUS – Estudos de papel de música e caligrafia em Portugal (séculos XVIII e XIX): O estudo de caso da colecção do Conde de Redondo

Investigador principal: António Jorge Marques
Co-investigador principal: Andrew Woolley

Resumo

MARCMUS pretende lançar as bases para um Centro de Estudos de Papel de Música e Caligrafia e, ao mesmo tempo, estabelecer a crítica de fontes musicológica portuguesa de acordo com os padrões internacionais.

O projecto visa registar sistematicamente e preservar digitalmente as marcas de água e os tipos de papel (a conjunção da marca de água e o número e tamanho das pautas desenhadas pelos rastra) dos manuscritos musicais do Fundo do Conde de Redondo (guardado na Biblioteca Nacional de Portugal). Também gravará as caligrafias literárias e musicais dos copistas e compositores envolvidos. A página online do projecto permitirá o acesso gratuito às bases de dados correlacionadas resultantes (marcas de água / tipos de papel e caligrafias). A base de dados de marcas de água também estará disponível no Bernstein Project: the Memory of Paper, o maior projecto internacional de seu tipo (em 10 idiomas), que inclui 53 colecções e mais de 300.000 marcas de água pesquisáveis (www.memoryofpaper.eu).

Período de implementação
2022-2023
Acrónimo
MARCMUS
Referência
EXPL/ART-PER/0749/2021-PTDC 2021
Financiamento total
49.494,38 €
Instituição financiadora
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
Data de início
01/01/2022
Data de fim
30/09/2023
Palavras-chave
Marcas de água; Tipos de papel; Estudos de caligrafia; Musicologia digital; Bases de dados relacionais
Mais informações

Desde o final dos anos 1950, quando Alfred DÜRR (1957) reviu completamente a datação das cantatas de Bach através de uma comparação detalhada das marcas de água, a crítica de fontes revolucionou a maneira como os estudiosos examinam as partituras musicais. Outros estudos semelhantes dignos de menção contribuíram muito para a cronologia das obras de Mozart e Beethoven (TYSON, 1975 e 1987, JOHNSON et al, 1985). Questões de autoria e procedência também beneficiaram marcadamente com os estudos de papel: “Mesmo uma reprodução imprecisa de uma marca de água pode levar o pesquisador a obter materiais suficientemente semelhantes para fornecer pistas vitais para pesquisas futuras” (LARUE, 1998). Se o estudo da marca de água for complementado pelas dimensões da pauta e pela identificação de caligrafias, a precisão – e, portanto, a utilidade – das descobertas será muito melhorada. Numa escala mais ampla, o fabricante de papel de música e a relação com seu usuário final – o compositor ou o copista – trazem à tona considerações relevantes de trocas culturais e comerciais, que também serão valiosas para o historiador.

Equipa
Equipa

Consultores

Maria José Ferreira dos Santos | Museu do Papel Terras de Santa Maria; International Association of Paper Historians (IPH)

Maria del Carmen Hidalgo Brinquis | Asociación Hispánica de Historiadores del Papel (AHHP); IPH

Emanuel Wenger | Bernstein Project: the Memory of Paper; IPH

Bolseiros
Bolseiros
Liane Luís
Grupo de investigação